sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Informação, sentido e os papéis sociais

Diego Silva de Avila
06007198

A imitação é a base da vida social. É imitando comportamentos que aprendemos e é esse ato que gera a assimilação dos papéis sociais. Os papéis sociais são os arquétipos que assumimos (ou somos condicionados a assumir), como: o malandro, o ingênuo, a mãe amável...
Esses papéis são o resultado de uma combinação de fatores, entre eles o de o homem nascer em um mundo que já tem uma estrutura própria, onde temos como única opção o ingresso, para ingressar em uma estrutura – seja ela qual for – deve-se assimilar experiências, assimilar toda a história de seus antecessores. O mesmo acontece, por exemplo, ao entrar em um grupo social, o ingressante imita as roupas, os gestos e modos de pensar para sua aceitação poder ser cogitado.
Uma das funções dos papéis sociais é a de “inconscientizar” as reações, é até meio óbvio que não analisemos tudo que vamos fazer, não pensamos, por exemplo, o que iremos dizer ao atender ao telefone, não precisamos pensar como cumprimentar as pessoas, pois os fazemos automaticamente. E os papéis ampliam essa automação de reação, além de sabermos o que vamos fazer, sabemos como os outros devem reagir e os cobramos por isso. Sabemos aonde o malandro vai quando desce a rua ou como fica o rosto do ingênuo quando falamos de sexo.
É importante salientar que os papéis não permanecem estáveis para sempre, socialmente vamos mudando qualidades de nossos papéis a partir das exigências de cada situação. “Cada tarefa reclama suas próprias qualidades”.
Como dito, a sociedade exige que certas tarefas sejam feitas, diz que certos comportamentos serão aceitos enquanto outros não. Cada papel tem suas próprias reações diante de cada estímulo devido ao “dever-ser”, ou seja, a relação do homem com seus deveres. A mãe deve amar seus filhos e os servir, enquanto o pai deve trabalhar e sustentar a família. O homem que tem um filho “deve ser” então pai e marido e fazer o que esses papéis exigem dele.
Um exemplo interessante é o do operário e a greve, imagine que um operário se coloque contra a greve de seus companheiros por seus direitos, este seria visto como ridículo.
Vivemos na sociedade da informação, onde acredita-se que é a informação o que liberta o homem, que é a informação que o faz pensar. Mas sabe-se que quanto mais informação menos sentido, vivemos na verdade em uma sociedade que sabe mas não compreende.
Norval Baitello jr. tem sua teoria de que os excessos geram a falta e que quanto mais inserimos elementos, menos eles serão vistos.
O excesso de informação faz com que o homem perca a capacidade de analise, mesmo aquilo que deve-se analisar se baseia no gesto inconsciente. Se todo conhecimento é gerado por uma experiência, uma sensação, como podemos produzi-lo a partir de experiências que não vivenciamos? Que não sentimos?

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