quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Linguagem, os Meios de Comunicação e a Indústria Cultural

O interesse que a filosofia tem em relação à linguagem, se divide em três ramos, que são a Metafísica, a Lógica e a Epistemologia. Primeiramente, temos que entender que as palavras, os símbolos e etc., podem ser interpretados de varias maneiras, e essas diferentes formas que podem surgir, dependem das mais diversas proposições que podem ser utilizadas. Os enunciados envolvidos com as palavras são de grande relevância e fazem ela ter uma lógica, os diferentes enunciados fazem com que as frases, mesmo sendo muito parecidas, tenham mais ou menos importância por exemplo. A Epistemologia ou a Teoria do Conhecimento envolve o motivo das pessoas já saberem a resposta de muitas coisas, por exemplo, com a matemática quando 2 mais 2 será sempre igual a 4. É difícil entender como podemos ter tanta certeza de algumas coisas.
A cada lugar que vamos, encontramos um jeito de falar diferente, existem hoje, inúmeras línguas, algumas consideradas mais importantes do que outras. Mesmo sem irmos muito longe, nos deparamos com sotaques e gírias diversas, todos querendo dizer uma mesma coisa. É assim, que começamos conseguir reparar a enorme diferença de linguagem que existe no Mundo.
A idéia, é conseguir criar uma linguagem universal, como já existem vários símbolos, por exemplo na internet, que são entendidos por todos. É possível termos um Mundo onde é criado um Meta Mundo ou uma Metalinguagem, criando assim, um outro universo de linguagem que fosse possível mediar. A primeira coisa é impor uma regra, ou seja, uma maneira de organização para a linguagem. Porem, no máximo teremos pequenos grupos de linguagem, ou seja, isso muito provavelmente funcionaria em pequenos núcleos.
O hipertexto faz parte desta perspectiva, ou seja, ele é como a ultima estratégia de voltar para um controle, porém é um controle mais flexível. Atualmente, a informação já é feita para ser esquecida. A linguagem por si só já é um elemento, um produto social, o elemento semântico, tem um sentido coletivo. A idéia de hipertexto está relacionada a justa posição das partes, ou seja, ela é relacional, pública e coletiva até determinado momento. As ferramentas que tem uma sobre vida, é aquela mais rápida, aquela que rapidamente te supre, nossa referêcia não é para criar, e sim usar as ferramentas.
É importante lembrar e relevar, que a fala é dada em um lugar publico, a linguagem é relacional, este sentido também trabalha no aspecto de ser inacabado (designo), ou seja, possui um projeto que não possui um FIM útil, ele é visto somente com a questão da mediação, essa idéia de mediação tem uma perspectiva de processo. Esta reforma da linguagem seria de grande importância e muito interessante esta relação que os filósofos estão tendo, os diferentes significados que uma palavra pode ter por exemplo, as combinações existentes, as teorias, as expressões, as contradições, os conceitos, tudo vem tendo uma grande importância para os filósofos, que trabalham o assunto com muita determinação e também muita cautela, pois a criação de linguagens, ou da linguagem, é de sempre uma enorme importância.
Hoje, estamos cada vez mais acumulando informação, com as novas tecnologias, com a mídia, com as novidades inclusas no nosso dia a dia, faz com que muita informação acabe sendo em vez de satisfatória, prejudicial. Como diz no texto, Baudrillard defende que - "estamos num universo em que existe cada vez mais informação e cada vez menos sentido". E com essa explosão de informação, fica difícil de saber o que é realmente certo e o que não é.
A memória tem grande importância neste assunto, pois todos querem que ela consiga guardar seguramente os conteúdos que a pessoa acumula. O computador por muitos é idolatrado, por ter uma grande memória pra as pessoas poderem guardar e quando quiser relembrar por ele, porem isso é um pensamento conturbado, pois não podemos usar a memória para o excesso das nossas informações, se nem mesmo nós conseguimos saber se são relevantes.
Para os Enciclopedistas, os termos em relevância são a Memória, a Reflexão, a Razão e a Imaginação. Para a informação ter significância e importância, é muito importante saber peneirar o que realmente é certo e vale a pena acrescentar e o que não é e não vale, nem que para isso seja preciso apagar da memória as lembranças que não servem mais, assim substituindo por uma memória racional. Temos que conseguir assim, informações importantes para ela poder ser passada de gerações para gerações.
Os conhecimentos humanos podem ser separados de duas maneiras, os conhecimentos directos, que recebemos sem querer e os conhecimentos reflexos, que é resultado de uma reflexão como o próprio nome já diz, de uma combinação.
A escrita e a imprensa é vista no texto como uma maneira de prolongar a memória, uma memória relativamente artificial, para determinado assunto, elas assim, fazem parte da Lógica. As memórias artificiais, geram alguns problemas como por exemplo a alteração constante dos conhecimentos nas ciências e nas arte. O que a Enciclopédia quer realmente é reduzir o conhecimento, e para isso ela precisa sempre está muito bem atualizada, e pela quantidade de informação que se tem sobre um mesmo assunto muitas vezes, ela precisa ter um ponto de vista especifico.
O texto retrata as duas principais fontes na atualidade de informação, ou seja, os jornais e a enciclopédia, nos jornais as pessoas encontram as noticias atuais, que devem ser esquecidas logo depois, e na enciclopédia, as pessoas encontram um conteúdo mais memorável, ou seja, um conteúdo estudado, cientifico, histórico, etc., e escolhido para posteriormente poder informar com toda a certeza a todos.
As enciclopédias, estão cada vez mais grossas, com mais informações, e assim menos completa. E alem disso, as mídias estão promovendo essas informações de maneira mais atraente, porem mais informal, fazendo com que as pessoas esqueçam rápido sobre o assunto.
A internet, com sua capacidade de realizar uma enciclopédia real e super completa, não tem limites, ela pode armazenar exageradamente informações, Com ela, vários problemas seriam resolvidos, como por exemplo, a facilidade pra organização, mas o grande problema é que alem da plataforma que ela está, fazendo com que as pessoas que lêem as informações esqueçam rapidamente, é uma fonte que acumula muita informação por não ter limites, tornando o serio o problema de peneirar o que é mesmo relevante. Se a tecnologia for usada, é necessário existir uma que não tenha infinitude, que tenha restrições, e que informe corretamente, como as enciclopédias, que colocam as informações depois de muita pesquisa, estudo e dedicação, pois ao fazê-la todos já sabem que seu conteúdo passara em gerações.
O conjunto dos meios de comunicação, como por exemplo, o cinema, define a indústria cultural, e de certo modo a população é manipulada por ela. Tudo se concentra no comercio, o conteúdo na grande maioria das vezes não interessa, pois o que importa é a quantidade de consumidor, e para isso existir, precisa conseguir uma qualidade, uma estética, ou seja, tudo o que for preciso para que chame atenção.
A indústria hoje é como se fosse uma instituição social, é uma indústria como se diz no texto, eminentemente técnica, diferente de antes, quando a palavra indústria, se referia á uma habilidade individual, como habilidade, perseverança e etc.. E por isso, é que a sociedade está cada vez mais sendo conduzida pela técnica. No texto, Adorno e Horkheimer dizem que não estamos mais vivendo em uma cultura de massa, e sim, assistimos aos desfiles da indústria cultural.
Neste período, o consumidor deixa de ter o papel principal, e se torna o objeto. Todas as plataformas midiáticas possuem relação, ou conexão com os produtos que serão consumidos, assim é formado um padrão que é totalmente seguido. Com isso, a cultura vai ficando cada vez mais fraca, ou vai se modificando, de acordo com as técnicas que estão sendo oferecidas, e a indústria cultural, mostra bem isso.
A economia está totalmente ligada a está época, e faz com que os indivíduos vivam cada vez mais sozinhos e se tornando cada dia mais ilusórios. Já está marcada uma padronização que a população se acostumou a seguir, e isto acontece com a musica, com os estilos, com as personalidades e etc. Por esses motivos econômicos, a publicidade se encontra totalmente presente, as pessoas, mesmo sabendo que não necessitam daquilo, querem cada vez mais adquirir materiais, fazendo com que a publicidade tenha as duas coisas que quer, a população consumindo seus produtos e acima de tudo dando audiência.
A Indústria Cultural modela as pessoas através do interesse comercial, a população se encanta e acaba querendo se identificar com os filmes, imagens, lojas, ou seja, com todas as formas de produto e acaba se delimitando automaticamente, perdendo seu olhar critico e autônomo. As pessoas pararam de pensar por si próprias por causa da presença em tudo da industria cultural, é propositalmente perseguidora da população, fazendo assim, ela escrava desse meio.
Com o homem sendo tão bem manipulado, ele se torna individualista e consumista, nem mesmo na hora da diversão isso é deixado de lado, por exemplo com o cinema, que sempre foi lugar para se divertir, hoje as pessoas procuram essa diversão mas não conseguem ver o que há por trás, que é a manipulação, o consumismo, o domínio, etc., conseqüentes também desta evolução tecnológica.
A única opção que resta para as pessoas é escolher o tipo de manipulação que ela sofrerá. Está em todos os lugares e ninguém pode escapar deste capitalismo, o desejo de estar neste meio só aumenta, pois o que antes era opção, hoje se tornou necessidade. No texto, Adorno mostra as soluções que ele mostra para este problema, que é a morte deste período da Industria Cultural, e com a arte, ele diz que a arte proporciona para as pessoas a volta de sua personalidade, pois ela permite a expressão própria da pessoa, sem influencias, com a arte o individuo, fica livre para pensar e assim agir.

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