quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O valor da palavra na sociedade consumo

Fernando Caris de Almeida-06005879

Este ensaio é baseado nos textos “O que é filosofia da linguagem”, de William P. Alston, “Informação e Sentido”, de Paulo Serra e “Indústria Cultural: Revisando Adorno e Horkheimer”, Alda Cristina Silva da Costa, Arlene Nazaré Amaral Alves Palheta, Ana Maria Pires Mendes e Ari de Sousa Loureiro.
Muito ouve-se falar sobre a Filosofia da Linguagem, porém, poucas definições temos dela; segundo Alston “A Filosofia da Linguagem está ainda menos bem definida e possui um princípio de unidade ainda menos claro do que a maioria dos outros ramos da Filosofia.”. No entanto, é possível organizar uma lista das fontes de interesse desta área de estudos: primeiramente a Metafísica, que trata de classificar fenômenos supostamente universais. Em segundo lugar, temos a Lógica, que tenta criar critérios para distinguir interferências como válidas ou inválidas. Depois, passamos pela Epistemologia, que trata dos problemas filosóficos relacionados à crença e ao conhecimento, neste estudo trata-se de diferir as crenças das verdades para chegar a um ponto de equilíbrio, o conhecimento. Por último temos a Reforma da Linguagem, que, apesar de não concernir necessariamente aos filósofos, discute as deficiências de uma língua em particular. Isto é crucial para a prática da filosofia, pois é através da língua que estruturamos um pensamento.
Já em se tratando do texto de Paulo Serra, pode se observar que ele não acredita no conceito iluminista de que “quanto mais informação, mais conhecimento”. Justamente, ele defende a ideia de que a inflação de informação provoca a deflação de conhecimento, justamente porque a produção de informação está, agora, inserida no contexto do consumo (fato comentado no texto “Indústria Cultural”). Cada vez mais se produz informação em larga escala, porém, essa massa informacional traz pouco sentido, pouco conteúdo. É neste ponto que os três textos se cruzam.
Para produzir informação é preciso que ela esteja baseada em conhecimento, que como foi dito anteriormente, é a combinação de crenças e verdades. No entanto, o que tem acontecido é o uso da informação para um propósito particular. Isso acontece muito, por exemplo, em campanhas políticas, atreladas principalmente à publicidade. A informação é manipulada. O mesmo acontece na televisão, em que a informação é retroativa: a TV fala sobre ela mesma. Temos aí o esvaziamento do conteúdo, o grande problema da informação na sociedade do consumo.
Tornar a informação “mais acessível” ou “democratizada” nem sempre nos traz benefícios. No contexto do consumo, isso é praticamente impossível, pois ela é um produto comercial, o que torna a palavra e as idéias algo “vendável”; o interesse aqui não é crescer intelectualmente, e, sim, financeiramente.

FERNANDO CARIS DE ALMEIDA-06005879

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