quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Irformações Conectadas

As informações produzidas nos chegam pelos meios de informação e comunicação que, por sua vez, também constroem imagens a respeito do mundo; para entreter e vender, sugerem muitas vezes o que devemos vestir, comer e até agir. Por isso, já se discute uma necessidade de uma alfabetização visual, que se expressa de variadas formas, as pessoas não conseguem separar o real do que é passado pela mídia, e às vezes não consegue se enquadrar a padrões.

A conexão entre a globalização, a economia, a ecologia e por fim, o desenvolvimento tecnológico, é notável, porém, está invisível para a maioria das pessoas. Tudo o que conhecemos até hoje está interligado, um grande sistema com inúmeras conexões. Por isso, qualquer alteração em um desses subsistemas afeta todo o resto. O maior problema à rotina do homem moderno é a massiva quantidade de informação “expelida” diariamente pelos meios de comunicação.

O ser humano vem enfrentando diversas crises como a inflação, a ameaça de esgotamento energético, entre ouras, que são consequências da principal que é a de informação. Hoje em dia há tantos estilos e formas diferentes, cada “espectador” possui uma visão de mundo diferente, o crescente interesse pelo visual tem levado estudiosos a discutirem sobre as imagens e sobre as expressões das diferentes designações, como leitura de imagens e cultura visual.

A leitura de imagens de tendência formalista fundamenta-se na razão perceptiva e comunicativa que justifica o uso e desenvolvimento da linguagem visual para facilitar a comunicação, porém, a presença de uma racionalidade não representa uma hegemonia, pois diferentes formas de racionalidade. Elas podem conviver no mesmo espaço e tempo, e uma pode estar mais consolidada que outra, isso devido a racionalidade moral, que entende que a prática artística contribui para a educação moral e o cultivo da vida espiritual e emocional, para a projeção de emoções e sentimentos que não possuem outra forma de serem transmitidos.

Em contraponto, os meios de comunicação levam para as pessoas, uma noção nova: há problemas mundiais e fazemos parte deles. O mundo é um só, com a televisão, assistimos às tragédias de outras pessoas como se fossem nossas. Somos espectadores e testemunhas ao mesmo tempo. Se há décadas a noção de interligação passou a ser reforçada a partir da inserção da televisão, hoje em dia esta realidade está tão presente quanto nossas necessidades diárias. A partir da internet, as mídias convergiram, a globalização ganhou novo sentido.

A partir da filosofia de tais assuntos, a semiótica introduziu no modelo de leitura da imagem as noções de denotação e conotação: significado entendido “objetivamente” e “subjetivamente”. Já os antropólogos, sociólogos e historiadores interessam-se pelo uso de imagens como fonte documental de pesquisa. O uso de imagens na pesquisa histórica é crescente, apesar de pouco. A compreensão crítica aborda a cultura visual como um campo de estudos múltiplos e por se tratar de uma abordagem multireferencial e transdisciplinar, minha pesquisa possui bastantes pontos em comum com o texto analisado.

Com o passar dos anos, o ser humano necessita possuir conhecimento sobre tudo, há mais vontade de aprender e se adaptar, devido também ás facilidades, criou-se uma rotina em que o trabalho e o estudo estão em primeiro lugar. O universo é uma rede interligada, uma informação se liga a outra. Por isso, a memória é essencial, o computador por muitos é idolatrado, devido a sua grande memória, aí surge o grande problema: ele tem memória, mas não pensa por si próprio, não é completo. Para os Enciclopedistas, os termos cruciais são: a Memória, a Reflexão, a Razão e a Imaginação. A escrita e a imprensa são vistas como uma maneira de prolongar a memória, mas o que a Enciclopédia faz é reduzir o conhecimento, e para isso ela precisa sempre estar atualizada, muitas vezes, ela precisa ter um ponto de vista especifico.

Com a internet houve a possibilidade de se realizar uma enciclopédia real e completa, sem limites, além de vários problemas resolvidos: a facilidade pra organização e armazenamento, mas o grande problema é que as pessoas lêem as informações esquecem rapidamente. Por não ter limites, é uma fonte que acumula muita informação, tornando o serio o problema de “garimpar” o que é mesmo relevante. O conjunto dos meios de comunicação define a indústria cultural de certo modo, tudo visa o comércio, o que importa é o consumidor conseguir uma qualidade, uma estética, ou seja, tudo o que for preciso para que chame atenção. Adorno mostra as soluções para este problema: a morte deste período da Industria Cultural e a volta a verdadeira arte, que proporciona para as pessoas a volta de sua personalidade sem influencias, com a arte, a massa fica livre para pensar e agir. Porém, as expressões de arte são reprimidas no cotidiano, havendo uma “guerra” psicológica para que o indivíduo viva um padrão imposto sem que possa mostrar sua individualidade e vontades autônomas.

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