AULA – o “EU e o “OUTRO”
Podemos dizer, que é a partir do “outro” que conseguimos identificar quem somos. Quando criamos um vinculo de amizade, estamos encontrando nesta pessoa características parecidas com as nossas, e principalmente atitudes que não temos, por exemplo, uma pessoa que não consegue expor suas opiniões, procura em alguma pessoa essa característica, para que assim consiga se comunicar quando preciso. É assim, que conseguimos ter consciência de nós mesmos, ou seja, se reconhecendo a partir do “outro”. Mesmo assim, só teremos na verdade uma “edição” do “outro”, pois o que é reconhecido por nós, são apenas as características parecidas com as nossas, e as que precisaríamos ou gostaríamos de ter. Podemos falar sobre os animais, por exemplo do peixe Beta, que reage ferozmente ao se deparar com um espelho, ele não reconhece a imagem dele, e para ele, aquela imagem é um ser desconhecido um “estranho” se aproximando, e isso porque a referencia de auto reconhecimento que ele tem é através dos seres que ele convive ou que ele se adaptou para viver junto.
Através de uma identificação temos a comunicação, que é uma ação absolutamente comum, ela parte do desejo, ou seja, do desejo de que aquela comunicação seja compreendida. Em todas as comunicações existem conflitos, e a linguagem surge como uma “solução”, é importante saber que ela não diminui as diferenças existentes. Essas crises não se tornam como uma regressão, muito pelo contrario, o conflito é uma forma de desenvolvimento, ou seja, de crescimento, um rearranjo, pois o crescimento na maioria das vezes é um processo doloso de mutação.
Basicamente as pessoas não são diferentes, pois a que parece ser diferente é certamente e infelizmente excluída, isso acontece também na área do hipertexto, incluindo na hipermídia, surge assim, o esvaziamento da pessoa, e conseqüentemente a dominação, ou seja, o que é diferente, tenta ser parecido com os outros que acabam dominando ele. E na realidade, todos possuem a mesma linha, porem apenas com palavras e jeitos diferentes, por exemplo atualmente na Internet existe muita informação que acabam fazendo a diminuição da memória (da memorização), pois há muita coisa igual, com apenas por exemplo palavras diferentes, jeitos distintos de descrição. A liberdade de voz, ou seja, a liberdade que as pessoas tem principalmente hoje para expor sua “voz” gera o excesso de informação, e isso faz com que ninguém queira prestar atenção na voz do outro, ou seja, todos querem divulgar informação cada vez mais, mas ninguém acaba acatando.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
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