sexta-feira, 26 de junho de 2009

A TEORIA DO PRAZER E DO SOFRIMENTO

Tarsila Guimarães Danieletto - 06005340

Como é possível calcular a quantidade de um sentimento? De 0 a 10, quanto medo eu tenho? E euforia? Insegurança, angústia, ansiedade...
Bentham foi o primeiro autor que tratou o sofrimento e o prazer de maneira quantitativa. Para isso, quatro circunstâncias deveriam ser consideradas: A intensidade do sentimento, sua duração, a certeza ou incerteza e a proximidade ou longinquidade. Além destas, o autor ainda analisava a questão da fecundidade, a pureza e a amplitude.
Porém, se levarmos em consideração a variação de humor, de duração de tempo que um sentimento permanece estável ou instável, agudo ou intenso, o gráfico desses cálculos seriam indecifráveis!
Realmente, a principal complexidade do tema é fruto da variação incessante de nosso estado de espírito. E se ainda for levado em consideração nossos sofrimentos por antecipação de eventos futuros, aí é que existe oscilação entre estes estados de espírito mesmo!
Ao projetarmos um ideal, antecipa-se o prazer. E, há pouca dúvida de que, em mentes de muita inteligência e previsão, a maior força do sentimento e do motivo se origina da antecipação de um futuro longínquo.
Deve-se considerar que tudo aquilo que um indivíduo deseja e trabalha para obter, tem alguma utilidade para ele; sendo assim, tudo o que é capaz de gerar prazer ou evitar o sofrimento possui uma utilidade, pois, determinado objeto, só adquire utilidade provável quando surge algum grau de probabilidade (por mais mínimo que seja), capaz de fazer dele uma posse desejável. Mas, a utilidade, apesar de ser uma qualidade das coisas, não é uma qualidade inerente, pois surge da relação destas com as exigências do homem e isso apenas expressa a relação delas com os sofrimentos e os prazeres da humanidade.
A quantidade de desejo por algum bem, muda a cada instante, por isso, não é possível citar apenas um que continuemos a desejar com a mesma força. Quanto mais refinadas e intelectuais se tornam nossas necessidades, menos passíveis são de saciedade. Uma vez despertado, praticamente não há limite para o desejo de adquirir artigos de luxo, de cultura.
Muitos especialistas observam que as necessidades humanas estão diretamente ligadas às conquistas, aos ganhos, principalmente materiais, aos bens adquiridos, ou seja, à Economia, que se baseia de fato nas leis do prazer humano: “só trabalhamos para produzir pelo único desejo de consumir” e, enquanto não realiza seus desejos pessoais e satisfazem suas vontades, sentem-se insatisfeitos, incompletos, desgostosos.

“A intenção é a de satisfazer nossas necessidades com a menor soma de trabalho possível”.

As necessidades da vida são poucas e simples, mas, quando consegue o que quer, o homem se satisfaz e passa logo a querer estender o âmbito de seu prazer. Seus objetivos se transformam, fazendo despertar o desejo de mudar seu estilo de vida, seus hábitos, seus anseios que, uma vez existente, se tornam completamente insaciáveis e parecem aumentar a cada momento.
O grau final de utilidade é a função em torno da qual irá girar a teoria econômica. E a avaliação que expressa seu grau final é o ponto principal nos problemas econômicos.
Se aumentar a quantidade média ou suficiente dos bens, a satisfação pessoal aumentará em grau menor e, por fim cessará totalmente de aumentar; se a quantidade média ou suficiente for diminuída, a perda de mais e mais satisfação seguir-se-á continuamente e no fim, o prejuízo será elevado.
As dificuldades da economia consistem na maior parte em se conceber clara e plenamente as condições da utilidade.
Partindo da análise do texto, considera-se que o comportamento e a personalidade de cada indivíduo podem ser analisados de acordo com a quantidade e variedade de sentimento que este produz.
Conclui-se então que “Somos tudo aquilo que desejamos!”

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