terça-feira, 30 de junho de 2009

sobre o outro

Diego Silva de Avila
06007198

Sobre o outro

O outro é na verdade a base da comunicação, para Helena Katz, por exemplo, “todo processo de comunicação pressupõe a existência da diferença. É preciso ser capaz de reconhecer um ‘outro’, existir algo que se destaque em um ambiente de iguais para que a comunicação se estabeleça. Mesmo as mais básicas das trocas de energia e/ou informação só acontece fora da homogeneidade plena" (KATZ, 2004).
Portanto o outro, além de possibilitar que a comunicação aconteça, cria um ambiente em que o próprio reconhecimento se dá.
Pois para que o "eu" se afirme, o outro deve reconhecê-lo como tal, sem essa relação (comunicação) não existe nem "eu" nem "outro"
Existe uma tendência dos coletivos, onde o "eu/parte" é reconhecido apenas no "grupo/todo", o que traz a questão da relação de amizade e inimizade, sendo que na primeira, por haver mais permissividade, o respeito tende a se perder, ou seja, a permissividade excessiva cria uma familiaridade entre as partes que tende a se tornar negativa. por outro lado, o relacionamento do inimigo se dá por falta de reconhecimento e, por não existir essa familiaridade, existe sempre um respeito, medo.
"Desde o começo da vida, todas as ações que guiam o reconhecimento desse outro, entre os humanos, são acompanhados do mesmo sentimento: medo. A comunicação se desenvolve a partir daí" (KATZ, 2004).
Assim, não só o reconhecimento gera uma situação de dependencia, quanto o medo.

KATZ, Helena; GREINER, Christine. O meio é a mensagem: porque o corpo é objeto da comunicação. In: Sigrid Nora. (Org.). Húmus. 1 ed. Caxias do Sul: Lorigraf, v. 1, p. 11-20, 2004.

Hegel, G. W. F. A – Independência e dependência da consciência de si: dominação e escravidão. In: Fenomenologia do Espírito. Parte I, 2ª edição. Tradução Paulo Meneses e Karl-Heinz Efken. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 126-134.

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