Informação e Sentido
Paulo Serra
A “ sociedade da informação” possuem crenças onde tende a pensar que quanto mais informação, mais conhecimento, porém segundo Postman e Braudrillerd o excesso de conhecimento e informação levam ao seu decréscimo, ou seja quanto mais informação e mais acesso a ela o universo tente a cada vez mais perder os sentidos.
Com o surgimento da imprensa e do computador há uma explosão de informação, por tanto seguindo o raciocínio de Postman, há uma “ deflação do sentido” , e com todo esse excesso ao acesso a informação se torna cada vez mais difícil ter uma opinião própria, ao até mesmo de fazer uma escolha fundada.
Segundo Braudrillard a “ deflação do sentido” é causada pela mudança de natureza, de um regime clássico de representação para um novo regime de “ simulação”, ou seja quanto mais informação acabamos perdendo o sentido.
Os autores no texto estão criticando esse novo sistema criados por nós, isso porque ao criarmos os computadores e as redes de acesso a “informação” estamos criando máquinas de memórias onde são capazes de registrar, conservar e transmitir abundancias de sentido, porém esquecemos do principal, o conhecimento do sujeito e de sua própria capacidade de sua memória, ou seja segundo Braudrillard “ construímos uma memória artificial”.
O texto faz uma relação sobre memória segundo D’ Alembert que acredita na memória com uma “reflexão” da Razão e da Imaginação, em um raciocínio mais direto e “ um talento de criar imitando”. Uma “ reflexão, tomada no sentido mais alargado que se lhe possa dar, forma o carácter do espírito”, sendo contra aquilo que a imprensa e a escrita colocam sobre ela.
Segundo o texto há três problemas relevante a essa “memória artificial”, o primeiro é: nossas enciclopédias que esquecem dos conhecimentos e do desenvolvimentos do próprio, produzidos por nos já fortemente marcados nesse século, ou seja, fazendo com que as informações ali descritas se tornem desatualizadas, tentando fazer assim o papel da “memória” da sociedade.
O segundo problema é a “arquitectónico” em outras palavras o problema do mundo ser infinito, a que corresponder a infinitos conhecimentos. O terceiro problema é o da informação que merece ou não ser reunida para ser transmitida para nós, o que realmente deve durar em termos de memória para o homem.
O que nos torna cada vez mais difícil é fazer um seleção ou um mapeamento atualizado de recolher e selecionar as informações certas, crescente para qualquer cidadão. Com todo essa complexidade de informação se torna cada vez mais fácil sua disponibilidade, e sua acessibilidade mais problemática, uma civilização sem “educação completa.”
A cultura pede por uma informação mais imediata como a dos jornais, uma cultura de massa, porem todos esse meios de comunicação massivos nos fazem disfarçar o conhecimento e a ciência, só nos levam ao prazer imediato de saber por ter sabido, algo para “agradar e divertir” em vez de “ instruir e comover”.
Com o medo do esquecimento o homem está criando as enciclopédias virtuais uma “ hiper - memória” das Redes, ou seja um aperfeiçoamento das Enciclopédias reais. Isso tudo para criar um arquivo geral das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, a idéia de construir algo em um lugar de todos os tempos, uma organização do tempo num lugar que não se alteraria, uma “memória artificial” virtualizada.
Estamos criando um espécie de “ princípios organizativos” para organizar toda essa consulta a informação para todos os homens em todos os tempos, lugares e condições. Temos a ilusão de que nada será esquecido pela máquina, ela serve como uma garantia do não esquecimento. Uma luta da memória contra o esquecimento.
Por tanto a memória esta diretamente ligada a construção do sujeito, na questão da identidade individual, na interpretação, e na atribuição do sentido. E através do sentido e da memória juntos podemos agir.
Mariana Romano
06004188
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