segunda-feira, 29 de junho de 2009

Leituras do Hipertexto - Raquela Wandelli

Leituras do Hipertexto
O texto basicamente reluta na questão biográfica do hipertexto e suas funcionalidades sejam elas virtuais ou textuais através de um livro ou numa definição gráfica visual ou artística.
A autora traz à tona a grande questão do hipertexto e seu formato de leitura: ”Existe um objeto específico a que chamamos hipertexto ou uma forma hipertextual de leitura?”. O que podemos compreender é que o hipertexto nos ensinou uma nova forma de ler velhos textos e revistar antigas teorias.
Um exemplo claro, é a fragmentação dos livros, marcações por subtítulos, prólogos, linhas de apoio, sumários, dedicatórias etc, denominados por Genette de paratextos, que ajudam a mapear topologicamente a leitura, descentralizando o texto, deslocando do centro para as margens, característica forte do hipertexto.
Suas características podem ser cultural em que é inserido em práticas artísticas e intelectuais; além disso romper o início, meio e fim, ou seja o padrão.
O texto menciona também que segundo Barthes, as palavras devem funcionar como “lexias” que remetem umas às outras e não como unidades estabilizadas de sentido. Esse texto, dizia ainda, Barthes, deveria proporcionar múltiplas entradas e múltiplas saídas.
A conclusão da obra já perde sua autenticidade a partir do momento em que o autor se torna co-autor de sua obra , e sua obra passa a ser reinterpretada, sendo assim na sua conclusão de obra. Um exemplo vívido, de Genette, Ulisses , de Joyce, seria o hipertexto de Odisséia, de Homero.
A forma de pensar na literatura e sua própria autoria possui 4 processos sofridos:
1- A teoria da intertextualidade
2- A descentralização do sujeito escritor ou fragmentação do autor criador em diversas vozes e função
3- Texto como produtividade
4- As teorias da recepção
Os estudos culturais, como antropologia, literatura, filosofia defende muito mais o que se produz com o que ele diz do que um autor quer dizer.
As características do hipertexto principais são:
1-Multiplicidade: o todo é uma pluralidade que não se resume à unidade
2-Heterogeneidade: diversidade de linguagem verbal e não-verbal, códigos e toda sua forma comunicacional.
3- Ruptura Assignificante: pode se quebrar em qualquer parte e se reconstituir em qualquer outra.
4-Interconectividade: qualquer ponto se conecta com o outro.
5-Cartografia: o texto sendo percorrido e movimentado
6- Decalcomania: a obra não é uma imagem que copia ou imita o mundo, mas um mapa de linhas que remetem a ele.

O livro ou o computador tem a característica de suporte ao hipertexto como processo, explodem a leitura linear e ainda assim incluem o leitor na construção da narratividade.

Nayara Neri 06008075

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