A Fala, a Escrita, as Imagens e Processos Hipertextuais

A fala traduz os sentimentos, é a polifonia dos sentidos. Traduz a raiva, a alegria e vários outros processos do sentir. Já a escrita é um processo mais fechado e muitas vezes excludente, devido ao rigor utilizado, sempre há regras. Estudos confirmam que a maior parte dos registros feitos foram em forma de narrativas retóricas, com isso a leitura não é feita baseada em associações da mente, mas sim de forma “textual”.
Outros tipos de dados como visuais, som, animação são tipos de informação dentro de ambientes colaborativos. A retórica fica no lugar da lógica, que é a coesão e coerência, enquanto a escrita é todo um processo, um produto cultural. A escrita foi responsável pela rede de informações externa à memória, o homem impôs suas idéias a suportes, o pensamento humano transformou-se em objeto pensantes.
A linguagem escrita é um processo dinâmico, com emissor e receptor, assim os signos devem interagir entre si organizadamente. No processo discursivo há um ponto culminante entre a oralidade e a escrita, o emissor ao escrever um ato de “fala mental” permite-se entrar em um mundo paralelo, que é capaz de lhe conferir novas experiências e idéias torna possível criar o que se pensa.
A imagem é algo artificial e inexplicável, "a imagem é desejo". Desde as pinturas rupestres expunha-se o desejo de ter, de ser. A idolatria é o significado de medo e ao mesmo tempo adoração, de uma certa forma é um falseamento da realidade. Sendo assim, o hipertexto não é nem fala nem escrita, é um produto cultural ligado à própria forma de se pensar o mundo. É uma convergência teórica e tecnológica. Um texto com caráter hipertextual, não significa que é apenas para o computador, mas sim um meio de percorrê-lo o como uma obra fechada e completa. O virtual é o polifônico, o dilético é o ideológico.
Antigamente não se podia ter um avanço em relação a estética, foi só a partir do século XX que a imagem passa a possuir uma maior interação com o recptor. Contudo, através dos processos tecnológicos também existe uma grande facilidade em se obter conhecimento de obras diversas. Há uma apropriação das obras, o que gera a dicussão se ainda hoje há autoria. É muito fácil entrar na internet e baixar um mp3 e com um programa específico remixar aquela música e após isso colocar seus próprios direitos autorais, por exemplo. O Youtube é um grande portal em que as pessoas podem postar vídeos diversos, muitas vezes com trechos de filmes ou músicas, raros são os que colocam os direito específicos. Ou ainda, hoje em dia é comum ver esculturas, pinturas entre outras obras cuja participação é diversificada.
O hipertexto é isso, é a comunicação, a ação comum, que precisa da linguagem para existir. É a relação de conhecimento de de si para o outro. Quanto mais se amplia o espectro das relações, mais se conhece e reconhece.

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