A idéia de hipertexto ainda está em processo de construção, sendo pensada de maneira sedimentada pelos que acreditam que ela funcione apenas em meios eletrônicos (computadores). O uso desgovernado da tecnologia fragmenta todos os tipos de lembranças causando uma despreocupação com a troca de informações, e como a autora propõe as idéias não são originais, são idéias passadas que procuramos sempre reciclá-las.
A teoria do hipertexto: "emergência do novo no antigo" não apaga as outras formas de comunicação, mas reassimila e as transformam. Assim como exemplificado em sala: a oralidade, a escrita e a informática são fundamentais para a questão do conhecimento. Elas não se substituem, se complementam. Essa é a ideia do hipertexto, acrescentar mais significados que remetem a outras palavras e/ou questões. Exemplo disso Bush e Theodor Nelson (criador do termo hipertexto), o pensamento é associativo, ler e escrever também.
O leitor se torna co-autor quando a obra exige dele a interatividade para formar um sentido, (re)inventar e concluir a proposta feita pelo autor, transformando-o em autor de sua própria interação com o objeto.
A interatividade não existe apenas com o computador, acabamos esquecendo das relações pessoais e as transferimos para o meio tecnológico. Por exemplo, sites de relacionamentos, são extremamente criticados por tornarem o valor intrapessoal mais escasso, porém esse não é o ponto em que quero chegar, e sim da interatividade nas obras literárias, pois há possibilita a alteração, modificação. O leitor vira o co-autor da história, um exemplo é o trabalho feito por Raymond Queneau com a obra Cent Mille Milliards de Poèmes (1961) que buscou uma estrutura aleatória aos que os leitores estavam acostumados, cabendo a eles escolher os tipos de sonetos que querem ler, criando multilinearidade, ou seja, possibilidade de escolha das variantes.
Outro exemplo citado no texto por Rachel W. é o livro de Cervantes "Dom Quixote" (1605), em que o autor "fragmenta o livro em capítulos, subtítulos, prólogos, linhas de apoio, sumário, dedicatórias e paratextos" (pg. 24), mapeando e descentralizando a narrativa sequencial. A mesma idéia surge com o palíndromo, em que a história não precisa ser contada de forma linear ou do começo ao fim, cria uma alternativa que é proposta ao espectador, reversa a linearidade. Por fim, a frase de Rachel propõe um entendimento maior ao contexto do hipertexto:
Daniella Pecora 06006225
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