domingo, 28 de junho de 2009

Reflexão sobre o texto: Leituras do Hipertexto – Viagem ao dicionário de Kazar

As obras artísticas, produções, e gestos que fazemos não são feitas por um acaso, ele carregam com elas uma carga histórica uma experiência anterior, que influencia o produto final, a obra futura nunca perde a relação com o passado. O passado deixa resquício e agrega valor, por tanto o passado esta relacionado com o presente q se relaciona com o futuro, é um ciclo permanente. 
 E o mesmo acontece com as obras literárias, elas não nascem do zero, elas surgem de cargas de valores passados. O texto passou por diversas modificações, como estrutura, dialética suportes, até chegar ao formato de hipertexto atual, que agrega tecnologia de computadorizada e se transformou em um texto computadorizado. O texto O dicionário e Kazar é um exemplo desses agrega mento de passado presente e futuro no hipertexto, transita entre aparato livro e o meio eletrônico, perturbando classificações mais rígidas.
Por ser muito novo o conceito de hipertexto ainda esta em processo de construção, muitos associam o hipertexto a computador e nova tecnologia é um processo de leitura e escrita, somente relacionando a computador, como jogos e web sites, Sabem- se que o hipertexto nos ensinou uma nova maneira de leitura é um novo conceito, mas que já existia de outra forma é a incorporação do passado, a evolução de leitura e textos, e assim criando novas teorias.
O hipertexto não foi totalmente inovador em sua forma de leitura, a fragmentação e quebra da linearidade, características fortes no hipertexto, não são de origem própria do computador, já livros utilizavam subtítulos, capítulos prólogos, linhas de apoio dedicatórias, em fim artifícios que já ajudavam o leitor a criar outra maneira de leitura e a mapear o seu caminho hipertextual. As historias também já eram entrelaçadas, havia historia dentro de histórias, lembranças, os verdadeiros links que ligavam um trecho a outro deforma a montar diversas leituras, características do hipertexto. 
A arquitetura textual característica do hipertexto também é uma coisa q já se compara a formatos q conhecemos bem, os menus de paginas de internet, se comparam a índices de revistas, claro que não com a mesma rapidez, mas a estrutura é a mesma, e sua funcionalidade e característica são semelhantes, podemos até comparar que os índices de revistas são os “pais” dos menus de web sites. 
  Walter Benjamin em seu ensaio “A obra de arte na época da reprodutibilidade técnica” sugere a perda da aura por parte de obras que são reproduzidas, a perda de valor coma reprodução de obras, afirmando que elas perdem a unicidade, a autenticidade e o poder do testemunho histórico, só se tornando obras de bela aparência. 
Mas as obras textuais acabam não perdendo a sua originalidade e sim ganham acresces, ou seja, uma obra textual nunca vai ser transformada por completo e alterada, ela já nasce de relações de idéias, ela já seria a obra reprodutiva sem si, pois só é a transcrições de idéias que foram oradas ou pensadas, neste caso o hipertexto vem a acrescentar a esse sentido, já que podemos abrir diversas janelas sem perder a idéia principal, sem apagar outros textos produzidos e ir incluindo idéias.  
A chegada do Hipertexto mudou a visão do produtor de textos, e da intelectualidade da obra, agora o leitor também é um produtor, agora não apenas o talento é necessário e sim também o investimento em idéias para ler e escrever. 
O hipertexto acabou tomando o computador como suporte nos tempos atuais, mas ele se encontra em livros, por isso discute que com a saída dos livros ele tenha perdido sua credibilidade, no computador é muito óbvio mal usado, qualquer um pode aplicar um hipertexto basta linkar e quebrar a linearidade, desta forma o hipertexto não esta sendo usado de forma correta, pois as obras atuais estão se tornando apenas um guia, uma forma linear de ler textos não lineares, os links são tão claros q nos leva ao mesmo ponto. 
Hipertexto é formar um texto que está exposto a valorizar-se seguindo o curso de rizomas e se transformam em cadeias e caminhos formada por vários blocos de idéias, que fazem e dão liberdade de interpretação novas idéias. Cada capítulo cada bloco tem que ter sua idéia individual que juntando toda a forma-se a grande idéia q interpretação que o leitor vai formar para se fazer seu próprio hipertexto.  
Gustavo Del Nero Ferreira- 06004163 

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